Qual o tamanho da sua frigideira?

Na correria do dia a dia, é comum nos apegarmos a práticas e comportamentos que, por costume, não questionamos. Somos seres de hábitos, e muitas vezes seguimos certos padrões simplesmente porque "sempre foi assim". Mas será que esses padrões ainda fazem sentido? A história de uma mulher que cortava a cabeça e o rabo do peixe antes de fritá-lo nos faz refletir exatamente sobre isso. Confira:

A História do Peixe

Havia uma mulher que, todas as vezes que fritava um peixe, cortava a cabeça e o rabo do animal. Intrigado com essa prática, seu marido perguntou por que ela fazia isso.

A resposta foi simples:

- "Minha mãe sempre fez assim."

O marido, curioso, foi perguntar à sogra o motivo, e a resposta foi idêntica:

- "Minha mãe sempre fez assim."

Finalmente, ele foi perguntar à avó da esposa, e a resposta que ouviu foi reveladora:

- "Naquele tempo, só tínhamos uma frigideira muito pequena. Como o peixe era maior que a frigideira, eu cortava a cabeça e o rabo para poder fritá-lo."

Essa história pode parecer trivial, mas ela carrega uma lição profunda, especialmente para o mundo corporativo. Quantas vezes, nas nossas rotinas profissionais, seguimos processos e práticas sem questionar sua relevância ou eficácia?

O Piloto Automático no Mundo Corporativo

Nas empresas, é comum nos apegarmos a processos antigos, tradições e “formas de fazer” que já não fazem mais sentido no contexto atual. Muitas vezes, nos encontramos no piloto automático, executando tarefas de maneira quase mecânica, sem considerar se há uma maneira mais eficiente ou relevante de realizar essas atividades.

Esse comportamento pode ser particularmente perigoso em um ambiente corporativo que exige inovação e adaptação constante. Continuar cortando a "cabeça e o rabo do peixe" sem refletir sobre o porquê pode nos levar a desperdiçar recursos, tempo e oportunidades de crescimento.

A Importância de Questionar e Inovar

No mundo corporativo, questionar os processos estabelecidos e refletir sobre suas razões de ser é essencial. Essa reflexão não só ajuda a otimizar operações, mas também incentiva a inovação e a melhoria contínua. Empresas que incentivam seus colaboradores a questionarem o status quo tendem a ser mais ágeis e adaptáveis às mudanças do mercado.

Para sair do piloto automático, é necessário adotar uma mentalidade de curiosidade e abertura para o novo. Em vez de seguir cegamente os processos "porque sempre foi assim", é importante perguntar: “Por que fazemos isso dessa forma? Existe uma maneira melhor, mais eficiente ou mais inovadora?”

Conclusão

A história do peixe nos lembra que muitas das práticas que seguimos hoje podem estar enraizadas em necessidades passadas que já não existem mais. No ambiente corporativo, não podemos nos dar ao luxo de agir no piloto automático. Precisamos estar sempre atentos, questionando e aprimorando nossos métodos para garantir que estamos realmente no caminho certo.

Se você se identificou com essa história, talvez seja hora de olhar com mais atenção para os processos e hábitos da sua rotina profissional. Afinal, no mercado dinâmico em que vivemos, inovar é sobreviver.

Alexandre Felex é sócio e cofundador da Felex Recursos Humanos, consultoria especializada na implantação do RH Estratégico em pequenas empresas. 

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